quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Ave poisada no ramo



Uma ave poisada no ramo
não tem medo de cair...
não porque confie no ramo,
mas sim porque confia nas suas asas.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Papa perdoa ex-mordomo




Bento XVI visitou hoje (22 Dez.) o seu antigo mordomo, Paolo Gabriele, para lhe conceder um indulto natalício à pena de prisão a que tinha sido condenado, por furto de documentos confidenciais.

"Esta manhã o Papa realizou uma visita, na prisão, a Paolo Gabriele, para lhe confirmar o seu próprio perdão", referiu aos jornalistas o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.

Segundo o sacerdote, a visita de Bento XVI demorou cerca de 15 minutos, na cela onde Gabriele estava detido, num "colóquio muito intenso".

O diretor da sala de imprensa da Santa Sé disse tratar-se de “um gesto paterno para com uma pessoa com a qual o Papa partilhou durante vários anos uma familiaridade quotidiana.”

O perdão de Bento XVI pode ser visto como o final de "um triste e doloroso capítulo", acrescentou.

Após o encontro como o Papa, Paolo Gabriele deixou a prisão, regressando a casa, mas não poderá retomar o seu  trabalho anterior nem continuar a residir no Vaticano.

"A Santa Sé, confiando na sinceridade do arrependimento que manifestou, tenciona oferecer-lhe a possibilidade de retomar com serenidade a vida juntamente com a sua família", sendo-lhe oferecidos um outro emprego e uma habitação, refere uma nota da Secretaria de Estado do Vaticano.

Gabriele tinha sido detido em maio e foi condenado, em 6 de outubro, a 3 anos de reclusão, pena reduzida para ano e meio, por fruto agravado de documentos reservados.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Para haver Natal este Natal


















Para haver Natal este Natal
Talvez seja preciso reaprendermos
Coisas tão simples!
Que as mãos preocupadas com embrulhos
Esquecem outros gestos de amor,
Que os votos rotineiros que trocamos
Calam conversas que nos fariam melhor,
Que os símbolos apenas se amontoam
E soltam uma música triste
Quando já não dizem aquela verdade profunda!

Para haver Natal este Natal
Talvez seja preciso recordar
Que as vidas começam e recomeçam
E tudo isso é nascimento (logo, Natal)
Que as esperanças ganham sentido
Quando se tornam caminhos e passos.
Que para lá das janelas cerradas
Há estrelas que luzem
E há a imensidão do Céu.
Talvez nos bastem coisas
Afinal tão simples:
(1) O alento dos reencontros autênticos;
(2) A oração como confiança soletrada;
(3) A certeza de que Jesus nasce em cada ano
Para que o nosso natal, alguma vez, esta vez, seja Natal!

Pe. Tolentino Mendonça

domingo, 23 de dezembro de 2012

Falling Plates



Um filme sobre a vida e amor...


You. Look at your eyes.
Look at them.
Speckled.
Colorful.
Each one unique.
And I created every one of them.
I created everything...

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Estrela




"Que a Tua estrela nos encontre disponíveis
para a viagem
mesmo sem que percebamos tudo.

Que o seu brilho nos torne pacientes
com as coisas não resolvidas do nosso coração
e nos ajude a amar as difíceis questões
que por vezes a noite, por vezes o dia
segredam pelo tempo fora.

Que a Tua estrela nos faça reconhecer
que nunca é tarde
para que se tornem de novo ágeis e sonhadores
os nossos passos cansados
pois nós próprios nos tornamos em estrelas
quando arriscamos perpetuar
a Tua luz multiplicada".

José Tolentino Mendonça

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Orelhão Mágico




"...Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a Tua Palavra...

Lc 1, 26-38


...E assim começou a história da minha - da tua - salvação.
Por uma pequenissima frase.
Tudo  o que é importante na Biblia,
é MUITO PEQUENINO porque MUITO GRANDE.
Aqui, um SIM inteiro, uma vida oferecida.
Maria disse SIM ao Senhor... e eu fui salvo.

Hoje, ontem, àmanhã,
todos os dias o anjo visita-me a mim - e a ti -
com recados e desafios do Céu.

"Eu, Senhor? É a mim, é desta miséria que precisas?
Se Te sirvo para algua coisa, se queres,
então, SIM, eu também quero.
SIM!

Teresa Olazabal

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Desafios de um cristianismo sapiencial


 
A importância do agora: os desafios de um cristianismo sapiencial.

Sobre o saborear devagar, aos poucos, sem querer desvendar o enigma de uma só vez, sabendo que é preciso regressar sempre:

«Uma história dos Padres do Deserto falava de u...m mestre de noviços que era calígrafo. Veio o noviço e o ancião passou-lhe a página para meditar. O noviço agarrou-a e foi para a sua cela, mas ao chegar ficou horrorizado porque o ancião tinha escrito só as consoantes. Voltou para junto dele e disse-lhe: "Mestre, talvez te tenhas enganado porque me deste um texto só escrito com consoantes". E o ancião responde-lhe: "Vai para a tua cela, medita nas consoantes, e depois vem para receberes as vogais.»

«Nós queremos tudo ao mesmo tempo: as consoantes e as vogais, o passado e o futuro, o ontem e o hoje, o que se vê e o que não se vê, a terra e a lua, porque achamos que só essa totalidade nos dá o sentido profundo das coisas. Mas, e isto é de uma grande sabedoria espiritual, nós temos o que precisamos.»

Sétima parte da conferência "A importância do agora: os desafios de um cristianismo sapiencial", proferida pelo padre José Tolentino Mendonça, diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, no âmbito do ciclo "Viver a Fé aqui e agora", organizado pelas Monjas Dominicanas do Lumiar (Lisboa).

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

A Dança



Amas a dança, Senhor Deus!
Tu mesmo conduzes
o ballet das estrelas
e a dança        
dos ventos e das nuvens.
Dançam
sob teu olhar complacente
as ondas do mar,
as aves, no azul do céu,
as árvores,
que parecem imóveis
e são exímias bailarinas.
Dançam
na mais bela de suas preces
os teus anjos.
És todo harmonia e ritmo!
Tu mesmo danças, Senhor!
Vamos retomar cada afirmativa da meditação... É ou não verdade que somente Deus pode conduzir o ballet dos astros pelas alturas, e a dança dos ventos e das nuvens?
São milhões, bilhões de mundos, diante dos quais a Terra fica pequenina, pequenina...
E quem, senão Deus, saberia lidar com as nuvens e os ventos, que parecem tão independentes e tão difíceis de controlar?
Há ou não uma dança autêntica no ir e vir das ondas do mar?... Dançam ou não as aves em pleno azul do céu? Basta pensar nas andorinhas... Se me permitem um exemplo de aparência grotesca: como podem os urubus, tão pouco dotados de beleza, desenvolver volteios tão belos que nos fazem esquecer os poucos dotes físicos do Irmão Urubu?
Quem não descobriu ainda que as árvores, que parecem profundamente presas ao chão, dançam e como dançam, através dos seus galhos, e com a participação de suas folhas, flores e às vezes frutas?...
Quem tem olhos de ver e ouvidos de ouvir percebe que o Criador e Pai imprime ritmo em tudo e em todos:
- quando marchamos descuidadamente há um ritmo natural em nosso braço e no movimento de nossas mãos...
- até quando uma folha se desprende de uma árvore, ela não cai de um modo qualquer... Ela, apesar de aparentemente morta, ainda guarda um resto de ritmo e vem para o chão dançando.
Se o Criador e Pai ama de tal modo o ritmo, a harmonia, longe de ser uma ofensa é homenagem carinhosa – e provavelmente uma verdade perfeita – concluir: “Tu mesmo danças, Senhor!”

D. Helder Câmara
UM OLHAR SOBRE A CIDADE, 3ª edição/2009-PAULUS 

domingo, 16 de dezembro de 2012

Alegrai-vos sempre no Senhor



 
 
 
 
 
 










Irmãos: Alegrai-vos sempre no Senhor.
Novamente vos digo: alegrai-vos.
Seja de todos conhecida a vossa bondade.
O Senhor está próximo.
Não vos inquieteis com coisa alguma;
mas em todas as circunstâncias,
apresentai os vossos pedidos diante de Deus,
com orações, súplicas e acções de graças.
E a paz de Deus, que está acima de toda a inteligência,
guardará os vossos corações
e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.

Filip 4, 4-7

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Aqui tens a tua Mãe!



(Jesus al ver a su madre
al pie de la cruz
y a su lado al discipulo amado
le dice a su madre
mujer, ahi tienes a tu hijo
luego voltea al discipulo
y le dice ahi tienes a tu madre)


si se acaba el vino en tu vida hoy
ahi tienes a tu madre
si solo hay tinajas pero no hay amor
ahi tienes a tu madre
si estas buscando acercarte a Dios
ahi tienes a tu madre
ahi tienes a tu madre

Ahi tienes a tu madre!

si no sabes como hacer una oracion
ahi tienes a tu madre
si la cruz te pesa para caminar
ahi tienes a tu madre
si no hay pentecostes en tu corazon
ahi tienes a tu madre
ahi tienes a tu madre

Ahi tienes a tu madre!

si estas padeciendo una enfermedad
ahi tienes a tu madre
si esta pidiendo fuerte a la hora del dolor
ahi tienes a tu madre
si te encuentras sumido en desesperacion
ahi tienes a tu madre
ahi tienes a tu madre

Ahi tienes a tu madre!

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Os amigos são a forma de Deus cuidar de nós



Pela amizade que você me devota,
por meus defeitos que você nem nota...

Por meus valores que você aumenta,
por minha fé que você alimenta...

Por esta paz que nós nos transmitimos,
por este pão de amor que repartimos...

Pelo silêncio que diz quase tudo,
por este olhar que me reprova mudo...

Pela pureza dos seus sentimentos,
pela presença em todos os momentos...

Por ser presente, mesmo quando ausente,
por ser feliz quando me vê contente...

Por ficar triste, quando estou tristonha,
por rir comigo quando estou risonha...

Por repreender-me, quando estou errada,
por meu segredo, sempre bem guardado...

Por seu segredo, que só eu conheço,
e por achar que apenas eu mereço...

Por me apontar pra DEUS a todo o instante,
por esse amor fraterno tão constante...

Por tudo isso e muito mais eu digo
'DEUS TE ABENÇOE AMIGO!'
 
Autor desconhecido

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

12-12-12

Bento XVI no Twitter



"Queridos amigos, é com alegria que entro em contacto convosco via twitter. Obrigado pela resposta generosa. De coração vos abençoo a todos." Bento XVI

Este é o primeiro tweet do Papa em suas contas no Twitter (@pontifex_pt) Confira: http://bit.ly/UAGSlI

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Parabéns, Zimbórios!


Segundo consta, parece que o ZIMBORIOS fez ontem 4 anos de existência.
Obrigado aos 95 seguidores e aos cerca de 110.000 visitantes.
Todo este trabalho e dedicação ao longo destes anos
só foi possível graças à vossa visita e presença fiel
que se tornou um estímulo para continuar a partilhar
tanto material que me chega todos os dias
para que, enriquecidos com as dávidas de uns e de outros,
possamos ver mais alto e ir mais longe!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Confiança sem limites



«Parece-me que o bom Deus lhe pede
um abandono e confiança sem limites
nas horas dolorosas
em que sente esses terríveis vazios.
Pense que, nessa altura,
Ele está a escavar na sua alma
maiores capacidades para O receber,
quer dizer, de algum modo infinitas como Ele mesmo.

Tente, então, pela vontade,
ficar inteiramente feliz,
mesmo sob a mão que a crucifica;
dir-lhe-ei até que encare cada sofrimento,
cada provação,
como uma “prova de amor”,
que lhe venha directamente da parte do bom Deus,
para se unir a Ele.»


B. Isabel da Trindade, Carta 249

Meu Pai, como é difícil
por um acto de “vontade
ficar inteiramente feliz”,
quando a minha realidade interior ou exterior é dolorosa!
Eu sei,
estou habituado a guiar-me pelo que sinto
e não pela vontade orientada pela razão.
Ajudai-me,
pois este é o único caminho
que me faz exercitar a fé:
iluminado pela razão
e agindo pela vontade,
procurarei, com a Vossa graça,
não ficar no que sinto,
no doloroso ou gozoso da vida,
mas desejo oferecer-Vos tudo
como um “sacrifício de louvor”.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Restolho



Geme o restolho, triste e solitário
a embalar a noite escura e fria
e a perder-se no olhar da ventania
que canta ao tom do velho campanário

Geme o restolho, preso de saudade
esquecido, enlouquecido, dominado
escondido entre as sombras do montado
sem forças e sem cor e sem vontade

Geme o restolho, a transpirar de chuva
nos campos que a ceifeira mutilou
dormindo em velhos sonhos que sonhou
na alma a mágoa enorme, intensa, aguda

Mas é preciso morrer e nascer de novo
semear no pó e voltar a colher
há que ser trigo, depois ser restolho
há que penar pra aprender a viver

e a vida não é existir sem mais nada
a vida não é dia sim, dia não
é feita em cada entrega alucinada
pra receber daquilo que aumenta o coração

Geme o restolho, a transpirar de chuva
nos campos que a ceifeira mutilou
dormindo em velhos sonhos que sonhou
na alma a mágoa enorme, intensa, aguda

Mas é preciso morrer e nascer de novo
semear no pó e voltar a colher
há que ser trigo, depois ser restolho
há que penar pra aprender a viver

e a vida não é existir sem mais nada
a vida não é dia sim, dia não
é feita em cada entrega alucinada
pra receber daquilo que aumenta o coração

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

A vida como um jogo



A despedida do presidente da Coca-Cola foi o menor discurso de Bryan Dyson, que disse ao cessar fuñções à frente desta empresa:

"Imagine a vida como um jogo em que você esteja fazendo malabarismos com cinco bolas no ar. Estas são: Trabalho - Família - Saúde - Amigos e a sua Vida Espiritual... e você terá de mantê-las todas no ar.

Logo você vai perceber que o Trabalho é como uma bola de borracha. Se soltá-la ela rebate e volta. Mas as outras quatro bolas: Família, Saúde, Amigos e Espírito, são frágeis como vidros. Se você soltar qualquer uma destas, ela ficará irremediavelmente lascada, marcada, com arranhões, ou mesmo quebradas, vale dizer, nunca mais será a mesma.

Deve entender isto: tem que apreciar e esforçar para conseguir cuidar do mais valioso. Trabalhe eficientemente no horário regular do escritório e deixe o trabalho no horário. Gaste o tempo requerido à tua família e aos seus amigos. Faça exercício, coma e descanse adequadamente. E sobre tudo... Cresça na sua vida interior, no espiritual, que é o mais transcendental, porque é eterno.

Shakespeare dizia: "Sempre me sinto feliz, sabes por quê? Porque não espero nada de ninguém. Esperar sempre dói. Os problemas não são eternos, sempre têm solução. O único que não se resolve é a morte. A vida é curta, por isso, ame-a! Viva intensamente e recorde:

Antes de falar... Escute!
Antes de escrever... Pense!
Antes de criticar... Examine!
Antes de ferir... Sente!
Antes de orar... Perdoe!
Antes de gastar... Ganhe!
Antes de render... Tente de novo!

ANTES DE MORRER... VIVA!"

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Conta comigo sempre


 
Conta comigo sempre. Desde a sílaba inicial até à última gota de sangue. Venho do silêncio incerto do poema e sou, umas vezes constelação e outras vezes árvore, tantas vezes equilíbrio, outras tantas tempestades. A nossa memória é um mistério, recordo-me de uma música maravilhosa que nunca ouvi, na qual consigo distinguir com clareza as flautas, os violinos, o oboé.

O sonho é, e será sempre e apenas, dos vivos, dos que mastigam o pão amadurecido da dúvida e a carne deslumbrada das pupilas. Estou entre vazios e plenitudes, encho as mãos com uma fragilidade que é um pássaro sábio e distraído que se aninha no coração e se alimenta de amor, esse amor acima do desejo, bem acima do sofrimento.

Conta comigo sempre. Piso as mesmas pedras que tu pisas, ergo-me da face da mesma moeda em que te reconheço, contigo quero festejar dias antigos e os dias que hão-de vir, contigo repartirei também a minha fome mas, e sobretudo, repartirei até o que é indivisível.

Tu sabes onde estou. Sabes como me chamo. Estarei presente quando já mais ninguém estiver contigo, quando chegar a hora decisiva e não encontrares mais esperança, quando a tua antiga coragem vacilar. Caminharei a teu lado. Haverá decerto algumas flores derrubadas, mas haverá igualmente um sol limpo que interrogará as tuas mãos e que te ajudará a encontrar, entre as respostas possíveis, as mais humildes, quero eu dizer, as mais sábias e as mais livres.

Conta comigo. Sempre.

Joaquim Pessoa
in ANO COMUM (Litexa, 2011)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Cadeira do encontro



O sacerdote foi chamado para orar por um homem muito enfermo. Quando o sacerdote entrou no quarto, encontrou o pobre homem na cama com a cabeça apoiada num par de almofadas. Havia uma cadeira ao lado da cama, fato que levou o sacerdote a pensar que o homem estava aguardando a sua chegada.

- Suponho que estava me esperando?- disse o sacerdote.

- Não, quem é você? - respondeu o homem enfermo.
- Sou o sacerdote que a sua filha chamou para orar por você; quando entrei e vi a cadeira vazia ao lado da sua cama, imaginei que você soubesse que eu viria visitá-lo.- Ah sim, a cadeira! Entre e feche a porta.

Então o homem enfermo lhe disse:

- Nunca contei para ninguém, mas passei toda a minha vida sem ter aprendido orar. Não sabia direito como se deve orar. E nunca dei muita importância para a ração. Pensava que Deus estava muito distante de mim.

Assim sendo, há muito tempo abandonei por completo a ideia de falar com Deus. Até que um amigo me disse: “José, orar é muito simples. Orar é conversar com Jesus, e isto eu sugiro que você nunca deixe de fazer...você se senta numa cadeira e coloca outra cadeira vazia na sua frente. Em seguida, com muita fé, você imagina que Jesus está sentado ali, bem diante de você. Afinal Jesus mesmo disse: “Eu estarei sempre com vocês”. Portanto, você pode falar com Ele e escutá-lo, da mesma maneira como está fazendo comigo agora.

- Pois assim eu procedi e me adaptei à ideia. Desde então, tenho conversado com Jesus durante umas duas horas diárias. Tenho sempre muito cuidado para que a minha filha não me veja pois me internaria num manicômio imediatamente. O sacerdote sentiu uma grande emoção ao ouvir aquilo, e disse a José que era muito bom o que estava fazendo e que não deixasse nunca de fazê-lo.

Em seguida orou com ele e foi embora. Dois dias mais tarde, a filha de José comunicou ao sacerdote que seu pai havia falecido. O sacerdote então perguntou:

- Ele faleceu em paz?

- Sim, quando eu estava me preparando para sair, ele me chamou ao seu quarto. Ele disse que me amava muito e me deu um beijo. Quando eu voltei das compras, uma hora mais tarde, já o encontrei morto. Porém há algo de estranho em relação à sua morte, pois aparentemente, antes de morrer, chegou perto da cadeira que estava ao lado da cama e encostou a cabeça nela. Foi assim que eu o encontrei. Porque será isto? – perguntou a filha.

O sacerdote, profundamente emocionado, enxugou as lágrimas e respondeu:

- Ele partiu nos braços do seu melhor amigo.

 

domingo, 2 de dezembro de 2012

Porque devem os pais pôr os filhos a chorar?




A ideia de fazer tudo para que os filhos sejam felizes, evitando que chorem, está ultrapassada. A teoria de disciplinar sem que a criança chore está desactualizada, diz Gordon Neufeld, psicólogo clínico canadiano que esteve em Portugal no final da semana.
“As crianças precisam da tristeza, da tragédia para crescerem. Precisam de ter as suas lágrimas”, defende. Nos primeiros meses e anos de vida, o “não” dito pelos pais ajuda a disciplinar, em vez de estragar a criança. “Estamos a perder isso na nossa sociedade, não admira que as crianças estejam estragadas com mimos. Afinal, elas são sempre as vencedoras”, continua o investigador que esteve em Lisboa a convite da empresa BeFamily, do Fórum Europeu das Mulheres, da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas e da Associação Portuguesa de Imprensa.
Na conferência sob o lema “Vínculos Fortes, Filhos Felizes”, Neufeld defende que só se atinge o bem-estar através da educação e que esta deve estar a cargo das famílias e não do Estado. E para garantir o bem-estar de qualquer ser humano ou sociedade é necessário preencher seis necessidades.
A primeira é o “aprender a crescer” e para isso há que chorar, é preciso que a criança seja confrontada, que viva conflitos, de maneira a amadurecer, a tornar-se resiliente, a saber viver em sociedade.
A segunda necessidade é a de a criança criar vínculos profundos com os adultos, estabelecer relações fortes. Como é que se faz? “Ganhando o coração dos filhos. É preciso amarmos e eles amarem-nos. Temos de ter o seu coração, mas perdemos essa noção”, lamenta o especialista que conta que, quando lhe entram na consulta pais preocupados com o comportamento violento dos filhos, a primeira pergunta que faz é: “Tem o coração do seu filho?”, uma questão que poucos compreendem, confidencia.
E dá um exemplo: Qual é a principal preocupação dos pais quanto à escola? Não é saber qual a formação do professor ou se este é competente. O que os pais querem saber é se a criança gosta do docente e vice-versa. “E esta relação permite prever o sucesso académico da criança”, sublinha Neufeld, reforçando a importância de “estabelecer ligações”.
E esta ligação deve ser contínua – a terceira necessidade –, de maneira a evitar problemas. Neufeld recorda que o maior medo das crianças é o da separação. Quando estão longe dos pais, as crianças começam a ficar ansiosas e esse sentimento pode crescer com elas, daí a permanente procura de contacto, por exemplo, entre os adolescentes com as mensagens enviadas por telemóvel ou nas redes sociais, muitas vezes, ligando-se a pessoas que nem conhecem, alerta o especialista.
O canadiano recomenda que os pais estabeleçam pontes com os seus filhos. Quando a hora da separação se aproxima, há que assegurar que o reencontro vai acontecer. Antes de sair da escola, dizer “até logo”; à hora de deitar, prometer “vou sonhar contigo”.
Mas a separação não é só física, há palavras que separam como “tu és a minha morte” ou “tu és a minha vergonha”. Mesmo quando há problemas graves para resolver, a frase “não te preocupes, serei sempre teu pai” ajuda a lembrar que a relação entre pai e filho é mais importante do que o problema. Hold on to your kids é o nome do livro que escreveu e onde defende esta teoria.

A importância de brincar

A quarta necessidade a ter em conta para garantir o bem-estar dos filhos é a necessidade de descansar. Cabe aos adultos providenciar o descanso e este passa por os pais serem pessoas seguras e que assegurem a relação com os filhos.
As crianças precisam que os pais assumam a responsabilidade da relação, que mantenham e alimentem a relação, de modo a que elas possam descansar e, nesse período, desenvolver outras competências. Uma criança que está ansiosa pela atenção dos pais não está atenta na escola, por exemplo.
Brincar é a quinta necessidade a suprir. Não há mamífero que não brinque e é nesse contexto que se desenvolve, aponta Neufeld. E brincar não é estar à frente de uma consola ou de um computador; é “movimentar-se livremente num espaço limitado”, não é algo que se aprenda ou que se ensine. E, neste ponto, Neufeld critica o facto de as crianças irem cada vez mais cedo para a escola, o que não promove o desenvolvimento da brincadeira. “Os ecrãs estão a sufocar a brincadeira e as crianças não têm tempo suficiente para brincarem”, nota o psicólogo clínico que, nas últimas semanas, fez um périplo por vários países europeus, tendo sido ouvido no Parlamento Europeu, em Bruxelas sobre “qualidade na infância”.
Por fim, a sexta necessidade é a de ter capacidade de sentir as emoções, de ter um “coração sensível”. “Estamos tão focados em questões de comportamento, de aprendizagem, de educação; em definir o que são traumas; que nos esquecemos do que são os sentimentos. As crianças estão a perder os sentimentos quando dizem ‘não quero saber’, ‘isso não me interessa’, estão a perder os seus corações sensíveis”, diz Neufeld.
Em resumo, é necessário que os pais criem uma forte relação emocional com os filhos, de maneira a que estes sejam saudáveis. Os pais são os primeiros e são insubstituíveis na educação dos filhos e são eles que devem ser responsáveis pelo seu desenvolvimento integral e felicidade. Se assim for, estarão também a contribuir para o bem-estar da sociedade.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Que lugares estamos a construir?



Quer demos conta ou não, cada um de nós ocupa-se todos os dias a construir espaços para as pessoas viverem. A pessoa que prepara a mesa para o pequeno-almoço prepara um lugar para a sua família. A família que se senta à mesa contribui também para compor aquele lugar. O que eles dizem ou não dizem e a maneira como olham uns para os outros tornam aquele espaço bom ou mau durante os breves momentos em que estão juntos. E assim acontece todo o dia, no escritório, na escola, na igreja ou no ginásio. Aonde quer que vamos estamos constantemente a construir lugares, ainda que por instantes.

Frequentemente não nos apercebemos que estamos permanentemente a mudar o espaço de quem nos rodeia.

O que traz contrariedades porque demasiadas vezes não acrescentamos nada a esse espaço; pelo contrário, levamos algo que não nos pertence. Tiramos a alegria e o sossego, as esperanças e o contentamento de quem está ao nosso lado. A irritação à mesa do pequeno-almoço tira a alegria da família. O azedume pessimista tira a esperança das outras pessoas. O jardineiro com o cortador de relva tira a paz e o sossego de alguém. O condutor que atira a lata de cerveja pela janela tira uma pequena parte da beleza da vizinhança de alguém. O gestor que não procura uma oportunidade para dizer «Excelente trabalho!» tira confiança ao trabalhador. Todos estes gestos são feitos por boas pessoas como nós, que não se apercebem do que estão a fazer.

Temos de impedir que isto continue!

Deus chama-nos a abrir os olhos para vermos que lugares andamos a construir uns para os outros. Deus abençoou-nos com tantos dons, tantas dádivas para pessoas que delas precisam, tantas dádivas que podemos oferecer para construir melhores momentos e melhores lugares...
Que este dia e todos os dias possam ser mais ricos e plenos para quem nos rodeia, porque assim queremos que seja e porque assim agimos nesse sentido.

P. Dennis Clark

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O amor é mais importante

Não se percebe muito bem a cruz, mas o importante é o sorriso, muitas vezes ficamos mais agarrados ao sofrimento que ao amor e esta cruz relembra-me sempre que o amor e a misericórdia de Deus são o mais importante.

"Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim. E a vida que agora tenho na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus que me amou e a si mesmo se entregou por mim" (Gal 2, 19-20)

terça-feira, 27 de novembro de 2012

 

Senhor Jesus Cristo,
Único Senhor da minha vida,
Bom Pastor dos meus passos inseguros
E do silêncio inquieto do meu coração,
Cheio de sonhos, anseios, dúvidas, inquietações.

Senhor Jesus,
Faz ressoar em mim a tua voz de paz e de ternura.
Eu sei que pronuncias o meu nome com doçura,
E me envias ao encontro daquele meu irmão que Te procura.
Fico contigo sentado junto ao poço.
Alumia o meu pobre coração.
Vejo que, de toda a parte, chega gente de cântaro na mão.

Dispõe de mim, Senhor,
Nesta hora de Nova Evangelização.
Que eu saiba, Senhor,
Interpretar bem a tua melodia.
Que eu saiba, Senhor,
Dizer sempre SIM como Maria.
António Couto,
Oração vocacional com a mensagem do sínodo em fundo

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Dos sofrimentos úteis e dos inúteis

Dos sofrimentos úteis e dos inúteis

Já há sofrimento inevitável que chegue na vida, não é preciso escolher o que pode ser evitado

Conhecer a história da vida de alguém pode revelar muito pouco a respeito do que ela irá fazer hoje. As circunstâncias mudam, a capacidade de escolher altera-se, o simples facto de ter consciência de estar a seguir uma linha pode ser o suficiente para querer sair dela.

É certo que o ser humano tende a refugiar-se no hábito. Mas é também verdade que nunca deixa de ser livre, ainda que permaneça fiel a uma determinada opção. Ser-se obediente é sinónimo de uma liberdade elevada, assumida e forte. Mas há poucos homens livres a este ponto.

A consciência reescreve os dados do passado a fim de criar narrativas mais ou menos fantasiosas que ou nos apoucam os falhanços ou nos aumentam os sucessos. Assim, a imagem que temos de nós mesmos é quase sempre fruto desta distorção. Na verdade, talvez não sejamos tão bem sucedidos, inteligentes e talentosos quanto julgamos... tendemos a olharmo-nos como heróis que já superaram mil e um cabos de outras tantas, ou mais, tormentas.

Há nestas narrativas a posteriori um erro comum. Trata-se da ideia de que há uma relação direta entre o valor do objetivo que se pretende e o sacrifício que é necessário para o atingir. Como se as coisas boas tivessem sempre um preço justo a pagar em dor, direto e proporcional. Assim não é. O sofrimento de um caminho, por si só, não é garantia de que o caminho seja, sequer, certo.

Tende-se a promover o sofrimento como a pena a pagar pelo que é bom. Assim, há muitas histórias onde a moralidade subjacente é a de que só com espírito de sacrifício se podem alcançar bens valiosos. Na realidade, por vezes é assim que acontece, mas não é sempre. Muito mais são os sacrifícios que se fazem em favor de alcançar... coisa nenhuma. Há, infelizmente, muita dor em vão. E há bens, muito valiosos, raros, ao alcance da nossa mão, aqui, já... nem acreditamos de tão simples!

O sofrimento não é bom. É um mal. E, todo aquele que quer ser feliz, deve lutar contra o mal, no campo do inimigo – se necessário, mas nunca fazendo lá a sua casa. Já há sofrimento inevitável que chegue na vida, não é preciso escolher o que pode ser evitado.

Também não vivemos para estar alegres a cada minuto. A felicidade será uma forma de caminhar, mais que um prémio no fim de um qualquer caminho espinhoso. Devemos aprender a enfrentar a vida com generosidade, dando sempre o melhor de nós mesmos, e, quando for tempo de enfrentar o sofrimento, que o façamos então com coração cheio de amor, não pela dor, mas pela vida.

Nascemos com uma vontade grande de viver, mas há quem teime em querer sofrer a cada hora... ora porque não tem o que deseja; ora porque o tem mas receia perdê-lo; ora, finalmente, porque perdeu o que tinha...

Aqui, talvez seja bem mais justo olhar a vida como uma dádiva contínua que envolve um mundo imenso de possibilidades. Mais, talvez a essência da vida seja a sua dimensão intemporal. Eterna. Daí, esta vontade funda que é a certeza de um infinito.

Há instantes em que experimentamos o eterno aqui. Sempre breves. Simples. Mas um sinal. Como um raio de luz que nos ilumina o caminho a partir do destino. A partir de nossa casa.

Ser feliz talvez passe por uma capacidade de partilhar o nosso caminho, de aceitar como nossas as dádivas das alegrias e das dores dos outros. Obedecendo humildemente, a cada instante, à nossa essência, a esta vontade infinita de ser feliz, nos caminhos deste mundo, apesar de tudo. Lutando contra todo o sofrimento. Contra todo o mal.

Investigador
in http://www.ionline.pt/opiniao/dos-sofrimentos-uteis-dos-inuteis

sexta-feira, 23 de novembro de 2012




É a hora de depor as armas da atividade, da ocupação e da preocupação, no sono da noite.
É hora de dormir e de confiar a germinação da semente de bem e de verdade Àquele que opera em nós o querer e o agir.
É a hora de desistir de comandar o mundo, pelas nossas mãos.

É a hora da rendição das nossas forças ao poder inerme do amor de Deus.
Queria que a noite fosse anestesia das minhas resistências à graça, para que o Senhor opere, em mim e por mim, o que só por mim não posso realizar.

Esta não é a hora de tempo perdido.
É a hora do repouso, da celebração do dia vivido, do estender das mãos vazias à mão direita de Deus, estendida sobre o meu corpo cansado.
Esta é a hora de Deus tomar conta de mim e do que me traz aqui, tão perto dEle.
É a tua Hora, Senhor.
Fica comigo, porque anoitece!

Amaro Gonçalo

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Alma exposta




Se eu morrer antes de você, faça-me um favor. Chore o quanto quiser, mas não brigue com Deus por Ele haver me levado.

Se não quiser chorar, não chore. Se não conseguir chorar, não se preocupe. Se tiver vontade de rir, ria.

Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente sua versão.

Se me elogiarem demais, corrija o exagero. Se me criticarem demais, defenda-me. Se me quiserem fazer um santo só porque eu morri, mostre que eu tinha um pouco de santo sim mas estava longe de ser o santo que me pintam. Se me quiserem fazer um demónio, mostre que talvez eu tivesse um pouco de demónio mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo. Se falarem mais de mim do que de Jesus Cristo, chame a atenção deles.

Se sentir saudade e quiser falar comigo, fale com Jesus e eu ouvirei. Espero estar com Ele o suficiente para continuar sendo útil a você, lá onde eu estiver.

E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase: “Foi meu amigo, acreditou em mim e sempre me quis perto de Deus!”. Aí sim, então derrame uma lágrima. Eu não estarei presente para enxugá-la, mas não faz mal. Outros amigos farão isso no meu lugar. E, vendo-me bem substituído, irei cuidar de minha nova tarefa no céu.

Mas, de vez em quando, dê uma espiadinha na direção de Deus. Você não me verá, mas eu ficaria muito feliz vendo você olhar para Ele.

E, quando chegar a sua vez de ir para o Pai, aí, sem nenhum véu a separar a gente, vamos viver, em Deus, a amizade que aqui nos preparou para Ele. Você acredita nessas coisas? Sim? Então ore para que nós dois vivamos como quem sabe que vai morrer um dia, e que morramos como quem soube viver direito.

A amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente e se inaugura aqui mesmo o seu começo. Eu não vou estranhar o céu… Sabe porquê? Porque ser seu amigo já é um pedaço dele!

Vinicius de Moraes

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Um amigo é um mestre do nosso sorriso




‎"Aquilo de que uma amizade vive dá que pensar.

É impressionante constatar como ela acende em nós gratas marcas tão profundas com uma desconcertante simplicidade de meios: um encontro dos olhares (mas que sentimos como uma saudação trocada entre as nossas almas), uma qualidade de escuta, o compartilhar mais breve ou demorado de uma mesa ou de uma conversa, um compromisso comum num projecto, uma ingénua e profunda alegria.

Um amigo é alguém capaz de olhar, mesmo que por um segundo que seja, o sorriso, desperto ou adormecido, que cada um de nós traz no fundo da alma.

Um amigo é um pastor e um mestre do nosso sorriso".

José Tolentino Mendonça

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Continuarei a trazer-te no meu sangue



Tira-me a luz dos olhos - continuarei a ver-te
Tapa-me os ouvidos - continuarei a ouvir-te
E, mesmo sem pés, posso caminhar para ti
E, mesmo sem boca, posso chamar por ti.
Arranca-me os braços e tocar-te-ei com o meu coração como se fora com as mãos...
Despedaça-me o coração - e o meu cérebro baterá
E, mesmo que faças do meu cérebro uma fogueira,
Continuarei a trazer-te no meu sangue.

Rilke

domingo, 18 de novembro de 2012

Voando sobre o planeta



Este video fantástico que mostra como é voar por cima da Terra à noite.

A Estação Espacial Internacional (EEI=ISS), que é soma de projetos das principais agências espaciais do mundo, é um laboratório espacial em movimento que faz 15 órbitas ao nosso planeta por dia.
Atualmente, ela circula a uma altitude pouco elevada ( 340 quilômetros da Terra), o que permitiu captar imagens fantásticas, compiladas em um vídeo com pouco mais de dois minutos.

A câmera da EEI, que mostra um voo panorâmico feito sobre o nosso planeta à noite, captou imagens com detalhe impressionante.

É possível observar claramente as luzes das cidades, além de fenômenos naturais como milhares de relâmpagos estourando no meio das nuvens, como flashes, ou as auroras boreal e austral causadas pelo vento solar e retratadas em magníficos tons de verde próximas aos polos.

De vez em quando, as imagens recebem cortes porque o satélite se aproxima da metade da Terra iluminada pelo sol naquele momento, o que gera um clarão.

No canto do vídeo, é possível observar também os painéis solares da EEI.

sábado, 17 de novembro de 2012

Oração feita de palavras quentes



A nossa oração deve ser feita de palavras quentes, nascidas da fornalha do nosso coração cheio de amor. Reza com grande delicadeza, com toda a simplicidade, sem qualquer afectação, oferece o teu louvor a Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma.

Deixa que o amor de Deus possua inteira e absolutamente o teu coração e deixa esse amor tornar-se no teu coração uma segunda natureza; não permitas que o teu coração seja penetrado pelo que lhe é contrário; procura agradar a Deus em todas as coisas, não Lhe recusando nada; aceita tudo o que te acontece como vindo das mãos de Deus.

Então, o teu coração estará continuamente em oração.

Beata Teresa de Calcutá

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Deus capacita os escolhidos



Conta certa lenda,
que estavam duas crianças
patinando num lago congelado.
Era uma tarde nublada
e fria e as crianças brincavam despreocupadas.
De repente, o gelo se quebrou
e uma delas caiu,
ficando presa na fenda que se formou.
A outra, vendo seu amiguinho preso
e se congelando, tirou um dos patins
e começou a golpear o gelo com todas
as suas forças, conseguindo por fim
quebrá-lo e libertar o amigo.
Quando os bombeiros chegaram
e viram o que havia acontecido,
perguntaram ao menino:
- Como você conseguiu fazer isso?
É impossível que tenha conseguido quebrar o gelo,
sendo tão pequeno e com mãos tão frágeis!
Nesse instante, um ancião que passava pelo local,
comentou:
- Eu sei como ele conseguiu.
Todos perguntaram:
- Pode nos dizer como?
- É simples - respondeu o velho.
- Não havia ninguém ao seu redor,
para lhe dizer que não seria capaz..

"Deus nos fez perfeitos e não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos!"

"Porque muitos são chamados. Mas poucos os escolhidos"
(Mt 22, 14)

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O milagre de um novo dia



"Hoje levantei-me cedo e pensei no que tenho
para fazer antes que o relógio marque meia-noite.
Eu tenho responsabilidades para cumprir hoje.
Eu sou importante.
É minha função escolher que tipo de dia ter hoje.

Hoje posso reclamar porque está a chover
ou posso agradecer às águas
por lavarem energias pesadas.

Hoje posso ficar triste por não ter muito dinheiro
ou posso sentir-me encorajado para administrar
as minhas finanças sabiamente,
mantendo-me longe de desperdícios.

Hoje posso-me queixar dos meus pais
por não me terem dado tudo o que queria
quando estava a crescer, ou posso estar
grato por terem permitido que eu nascesse.

Hoje posso lamentar decepções com amigos
ou posso observar oportunidades
de ter novas amizades.

Hoje posso reclamar por ter que trabalhar
ou posso vibrar de alegria por ter um trabalho
que me põe activo.

Hoje posso choramingar por ter que ir à escola
ou abrir a minha mente com entusiasmo
para novos conhecimentos.

Hoje posso olhar para o dia de ontem
e lamentar as coisas que não saíram como
eu planeei ou posso alegrar-me
por ter o dia de hoje para recomeçar.

O dia de hoje está à minha frente à espera
para ser o que eu quiser.
E aqui estou eu, o escultor que pode dar-lhe forma.

Depende de mim como será o dia de hoje
diante de tudo que encontrarei.

A escolha está nas minhas mãos:
Hoje eu posso enxergar a minha vida vazia
ou posso alegremente receber
o Milagre de Um Novo Dia!"

Silvia Schmidt

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Afirmações de fé

 
 
ANO DA FÉ - Textos bíblicos sobre a fé

• Tudo é possível a quem crê (Mc 9,23)
• Eu creio! Ajuda a minha pouca fé! (Mc 9,24)
• Quem acreditar e for batizado será salvo (Mc 16,16)
• Jesus realizou o primeiro dos seus sinais miraculosos e os discípulos creram nele (Jo 2,11)
• Quem crê em mim jamais terá sede (Jo 6,35)
• Muitos creram nele (Jo 7,31)
• Ao verem o que Jesus fez, creram nele (Jo 11,45)
• Enquanto tendes a Luz, crede na Luz, para vos tornardes filhos da Luz (Jo 12,36)
• Quem crê em mim não é em mim que crê, mas sim naquele que me enviou (Jo 12,44)
• Eu vim ao mundo como luz, para que todo o que crê em mim não fiq e nas trevas (Jo 12,46)
• Isto foi escrito para acreditardes que Jesus é o Messias, o F' o de Deus, e, acreditando, terdes a vida nele (Jo 20,31)
• Mas se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã é também a vossa fé (1 Cor 15,14.17)
• Caminhamos pela fé e não pela visão... (2 Cor 5,7)
• O homem não é justificado pelas obras da Lei, mas unicamente pela fé em Jesus Cristo (Gl2, 16)
• Nós acreditámos em Cristo Jesus, para sermos justificados pela fé em Cristo (Gl 2,16)
• Os que dependem da fé é que são filhos de Abraão (Gl 3,7)
• Aquele que é justo pela fé é que viverá (Gl 3,11)
• Todos vós sois filhos de Deus em Cristo Jesus, mediante a fé (Gl 3,26)
• É pela graça que estais salvos, por meio da fé (Ef 2,8)
• Um só Senhor, uma só fé, um só Batismo; um só Deus. e Pai de todos (Ef 4,5-6)
• Sepultados com Ele no Batismo, com Ele fostes ressuscitados, pela fé que tendes em Deus (Cl2, 12)
• A vossa fé produz a constância (Tg 1,3)
• Peça com fé e sem hesitar (Tg 1,6)

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Um convite para abraçar a cruz

 
Que sentimento é este
Que nem explicar eu sei
Por que é que eu me sentirei assim
Talvez seja aquele sorriso
Num profundo olhar
Que provoca um não sei quê em mim
 
Toda a obra de arte
Toca a emoção
Mas esta obra-prima
Conquista o coração
 
E eis-me agora aqui
Sem saber o que pensar
Pois tudo aquilo que eu senti
Não posso ignorar
Um Cristo à nossa altura
Em serena paz
Que ao sorrir assim
No horror da cruz
Acendeu em mim
Uma amena luz
 
Um rosto sem tristeza
Que oculta a sua dor
E vence o sofrimento da paixão
Um Cristo tão humano
Que não pede compaixão
Estará no seu sorriso a redenção?
 
Na serenidade
No estar de Jesus
Sentimos o convite
Para abraçar a cruz

Por isso eu estou aqui
Sem saber o que pensar
Pois tudo aquilo que eu senti
Não posso ignorar
Um Cristo à nossa altura
Em serena paz
Que ao sorrir assim
No horror da cruz
Acendeu em mim
Uma amena luz

domingo, 11 de novembro de 2012

5 ideias que vão mudar a forma como vês a confissão



Ryan Eggenberger | 2 Outubro 2012

 O que eu quero é encorajar a confessares-te, se por ventura não o fazes há mais de um ano.As vantagens compensam DE LONGE os momentos de ansiedade.
Para lá da sensação de bem-estar pós-confissão, a tua alma fica
tão totalmente limpa como no dia do baptismo.
Mas se ainda estás inquieto com a confissão, lembra-te do seguinte. 
1. Ninguém se arrepende de se confessar, tenha sido fácil ou difícilPergunta a qualquer católico praticante, ele dirá que a confissão
é uma das melhores coisas de se ser católico.
A paz de limpar tudo para trás,
de admitir a culpa e de ouvir que estás perdoado mesmo 'daqueles' pecados é indescritível.
Recorda que não são os teus pecados que dizem que tu és. Porém, eles vão continuar a moer-te até que Cristo os apague na confissão. 
2. Não interessa há quanto tempo não te confessasGaranto que não interessa quando foi a última confissão. O padre não te vai acusar e dizer "com que então andaste fugido, hem?
Vai-te embora daqui!". Pelo contrário, quanto mais afastado tiveres estado,
mais feliz vai ficar ao ver-te voltar.
Se não sabes muito bem como é que é isso de te confessares,
então há 2 coisas que podes fazer.

>> Ler, descarregar, imprimir material que possa ajudar, como este

>> Ir à confissão, e dizeres ao padre que.não fazes lá muita ideia do que é tens que fazer.
Vais ver que ele até vai ficar contente por te poder ajudar.
 
3. Podes confessar-te sob anonimato
A Igreja quer que todos nós possamos, se quisermos, confessar-nos
sem que ninguém saiba
. Isto é, em muitos confessionários podes ter
a opção de te ajoelhares junto de uma pequena janela de grade ou
rede apertada de tal maneira que o padre não te vê.

Também podes preferir, diferentemente, sentar-te numa cadeira em frente do sacerdote.
Se, ainda assim, receias ser reconhecido pela voz, sempre podes
ir confessar-te noutra paróquia, embora para dizer a verdade nenhum
padre vai ficar impressionado contigo ou te vai julgar.

4. Não há nada que possas dizer que o padre não tenha já ouvido
Depois de anos a ouvir confissões podes confessar o que quer que seja
que o padre não se vai escandalizar
. De certeza que já ouviu pior.

5. O padre nunca pode falar sobre a tua confissão, NUNCA, nem mesmo contigo
É verdade. É o chamado “sigilo sacramental da confissão” (sigilo = selo): o que é dito no confessionário fica (selado) no confessionário.


O Código de Direito Canónico de 1983 diz no cânone 983§1,
“O sigilo sacramental é inviolável; pelo que o confessor não pode denunciar
o penitente nem por palavras nem por qualquer outro modo nem por causa alguma.”
A Igreja insiste nisto por algumas razões. A melhor delas é para te sentires
confortável e seres 100% sincero na confissão, sem estares preocupado
de que algo seja revelado fora do confessionário.

É um generoso dom que a Igreja nos deu e que vale a pena aproveitar.

sábado, 10 de novembro de 2012

Amena luz



"E eis-me agora aqui, sem saber o que pensar,
pois tudo aquilo que eu senti, não posso ignorar.
Um Cristo à nossa altura, em serena paz,
Que ao sorrir assim, no horror da cruz,
Acendeu em mim uma amena luz"


O QUADRO é um musical cheio de humor e emoções! Com o texto original do p. Nuno Tovar de Lemos e encenação da Matilde Trocado conta uma história simples de encontros com um paralelo inteligente com a paixão de Cristo, desde os empregados do Museu da Vila que não estão habituados a uma tão grande enchente até às próprias pessoas que o visitam e que se deixam maravilhar pelo sorriso de Cristo na cruz, vindo de todo o lado para ver a exposição do século.

O sr. João conta-nos a história e os seus colegas Pedro (o porteiro), Simão e Tiago ajudam na montagem da exposição e até a Verónica, a empregada do museu, se deixa maravilhar com O Quadro apesar de não achar muita graça à enchente de pessoas prevista. A decoração da sala de exposição é feita por uma oliveira e a ceia dos empregados do museu na quinta-feira enquanto acabam de preparar a exposição é pão e vinho; a Dra. Pilar Matos não é da aldeia e está muito preocupada com tão grande responsabilidade.

O que é que acontece ao QUADRO? O que é que ele provoca em nós? A Ana, uma estudante que visita o museu encontra no sorriso a razão da sua esperança; as pessoas da aldeia estranham ver Cristo a sorrir na cruz, os críticos de arte e visitantes distintos ficam sensibilizados pela sua beleza...

sexta-feira, 9 de novembro de 2012



«Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração,
com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças»

(Mc 12, 30)

Assim respondeu Jesus quando foi interrogado
sobre qual era o primeiro dos mandamentos.

Para quem como eu, chegou ao conhecimento de Deus
pela Fé recebida no Baptismo,
parece demasiado simples e fácil cumprir uma regra tão evidente.

Afinal Ele é o Amor e, como tal, é fácil e bom amá-lO.
Amar Quem tanto nos ama é uma reciprocidade natural.

Mas Jesus vai mais longe e pede para este amor,
todo o meu coração, toda a minha alma, toda a minha inteligência
aplicando todas as minhas forças.

É esta totalidade que se torna perturbadora.
É este tudo, é esta radicalidade,
que não deixa espaço para o que eu julgo ser amável e desejável.

O que Deus me pede é uma identificação entre a minha e a Sua vontade,
entre os meus desejos e o que só Ele sabe ser bom para mim.

O que Deus me pede é que eu use a minha liberdade
para aderir às razões verdadeiras de uma felicidade plena.

O mesmo é dizer que me devo entregar todo e inteiro,
confiando totalmente na Sua vontade,
numa dádiva sem recuos ou reticências.

Amar assim, não está ao alcance da minha fragilidade.
Só Tu Senhor, podes anular a tentação em que vivo consolado
de Te amar, pondo-me “quase todo em quase tudo”.


Rui Corrêa d’Oliveira

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Falta de fé



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANO DA FÉ - Textos bíblicos sobre a fé

• Aquele que me negar diante dos homens, também o hei de negar diante do meu Pai que está no Céu (Mt 10,33)
• Porque temeis, homens de pouca fé? (Mt 8,26)
• E não fez ali muitos milagres, por causa da falta de fé daquela gente (Mt 13,58)
• Homem de pouca fé, porque duvidaste? (Mt 14,31)
• Quem se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele (Mc 8,38)
• Ainda não tendes fé? (Mc 4,40)
• Estava admirado com a falta de fé daquela gente (Mc 6,6)
• Nem a sua palavra permanece em vós, visto não crerdes neste que Ele enviou (Jo 5,38)
• Mas há alguns de vós que não creem (Jo 6,64).
• Se não crerdes que Eu sou o que sou, morrereis nos vossos pecados (Jo 8,24)
• Se digo a verdade, porque não me acreditais? (Jo8,46)
• Vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas (Jo 10,26).Ver mais

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Confissões de fé



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
Ano da Fé - Textos bíblicos sobre a fé

• Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo (Mt 16,16)
• Filha, a tua fé te salvou (Mt 8,48)
• Arrependei-vos e acreditai no Evangelho (Mc 1,15)
• Não tenhas receio; crê somente e ela será salva (Lc 8,50)
• Senhor, aumenta a nossa fé (Lc 17,5)
• Se tivésseis fé como um grão de mostarda... (Lc 17,6)
• Levanta-te e vai. A tua fé te salvou (Lc 17,19)
• Vê. A tua fé te salvou (Lc 18,42)
• A quem iremos nós, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna! (Jo 6,68)
• Nós cremos e sabemos que Tu é que és o Santo de Deus (Jo 6,69)
• Senhor, dá-me dessa água, para eu não ter sede (Jo 9,15)
• Eu creio, Senhor! (Jo 9,38)
• Sim, Senhor, eu creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus que havia de vir ao mundo [Jo 11,27)
• Cremos que saíste de Deus! (Jo 16,30)
• Todo aquele que vive da Verdade escuta a minha voz (Jo 18,37)
• Meu Senhor e meu Deus! (Jo 20,28)
• Não há debaixo do céu qualquer outro nome… que nos possa salvar (Act 4,12)
• Senhor, Tu é que fizeste o Céu, a Terra, o rnare tudo o que neles se encontra (Act 4,24)
• Eu vejo o Céu aberto e o Filho do Homem de pé, à direita de Deus (Act 7,56)
• Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus (Act 8,37)
• Ele é que foi constituído, por Deus, juiz dos vivos e dos mortos (Act 10,42)
• Jesus Cristo é o Senhor! (Rm 10,9; 1 Cor 12,3; Fl 2,11)
• Este é o poder vitorioso que venceu o mundo: a nossa fé (1 Jo 5,4)Ver mais

domingo, 4 de novembro de 2012

De que falamos quando falamos de santidade

 

Sophia de Mello Breyner naquele conto tão conhecido, “O retrato de  Mónica”, explica que a poesia é-nos dada uma vez e quando dizemos que não ela afasta-se. O amor é-nos dado algumas vezes, e também se o recusamos ele distancia-se de nós. Mas a santidade é-nos dada todos os dias como possibilidade. E se a recusamos teremos de a recusar todos os dias da nossa vida, porque quotidianamente a santidade se avizinha de nós.

Contudo, fizemos da santidade uma coisa tão extraordinária, abstrata e inalcançável, que quase não ousamos falar dela. Muito menos no espaço público. De certa forma, habituamo-nos a olhar para a experiência cristã como que acontecendo a duas velocidades: o caminho heroico dos santos e a frágil estrada que é aquela de todos os outros, e por maior razão a nossa. Ora esta conceção de santidade não pode estar mais longe daquilo que a tradição cristã propõe, pela qual pugnou e pugna. O Concílio Vaticano II, por exemplo, deixa bem claro: a santidade é vocação mais inclusiva e comum. Mas é preciso entender de que falamos quando falamos de santidade.

Bastar-nos-ia certamente ler as bem-aventuranças. Jesus não diz que os bens aventurados são os outros, os que não estão ali. Jesus olha para a multidão e começa a dizer: “bem-aventurados vós os pobres”, “bem-aventurados vós os aflitos”, “bem-aventurados vós os misericordiosos”. O que é que isto quer dizer? Que são, no fundo, as nossas pobrezas, fragilidades, aflições, mansidões, procuras de justiça, sedes de verdade, a nossas buscas por um coração puro, que dão a substância da bem-aventurança, a matéria da santidade.

É naquilo que somos e fazemos, no mapa vulgaríssimo de quanto buscamos, na humilde e mesmo monótona geografia que nos situa, na pequena história que dia-a-dia protagonizamos, que podemos ligar a terra e o céu. Falar de santidade em chave cristã passou a ser isso: acreditar que a humanidade do homem se tornou morada do divino de Deus.

José Tolentino Mendonça
in Página 1 2012-09-20

sábado, 3 de novembro de 2012

Salmo 18



Eu Vos amo, Senhor, minha força,
minha fortaleza, meu refúgio e meu libertador,
meu Deus, auxílio em que ponho a minha confiança,
meu protector, minha defesa e meu salvador. 

Invoquei o Senhor – louvado seja Ele –
e fiquei salvo dos meus inimigos.
Viva o Senhor, bendito seja o meu protector;
exaltado seja Deus, meu salvador. 

Senhor, eu Vos louvarei entre os povos
e cantarei salmos ao vosso nome.
O Senhor dá ao seu Rei grandes vitórias
e usa de bondade para com o seu Ungido. 

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

«DE PROFUNDIS» (Salmo 129)




Do profundo abismo chamo por Vós, Senhor,
Senhor, escutai a minha voz.
Estejam vossos ouvidos atentos
à voz da minha súplica.

Se tiverdes em conta as nossas faltas,
Senhor, quem poderá salvar-se?
Mas em Vós está o perdão

para serdes temido com reverência.

Eu confio no Senhor,
a minha alma confia na sua palavra.
A minha alma espera pelo Senhor
mais do que as sentinelas pela aurora.

Mais do que as sentinelas pela aurora,
Israel espera pelo Senhor,
porque no Senhor está a misericórdia
e com Ele abundante redenção.
Ele há-de libertar Israel
de todas as suas faltas.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012



«Que procuramos expressar com este conjunto de verdades de FÉ?
Evidentemente, aquilo que nos é proposto para acreditar,
que é o conteúdo de todas as verdades reveladas e pregadas pela Igreja.
Quando o entendimento aceita o que lhe é proposto,
mas não pode conhecer com a sua própria visão,
dá o primeiro passo para a FÉ.
E esta não é senão a FÉ que se acredita,
uma actividade viva do espírito;
o convencimento de que Deus existe
e a aceitação convencida daquilo que Deus ensina
por intermédio da Sua Igreja.
Com esta vida de FÉ
levanta-se o espírito acima da sua actividade natural
sem se desprender de maneira alguma, da mesma.»


Santa Teresa Benedita da Cruz, Ciência da Cruz II, 2

Senhor Jesus,
dai-me a humildade interior que acolhe a FÉ,
que acolhe a Deus,
O qual não cabe na lógica fria dos meus pensamentos,
mas se eleva acima de todas as minhas potências e apreensões naturais.
A fria lógica, sem o dizer, tem por detrás a pretensão da autossuficiência.
A humildade, sem o dizer, tem por detrás a boa vontade do Amor.
Ajudai-me, Senhor, como dizia Sto. Agostinho: a “amar para crer”.


quarta-feira, 31 de outubro de 2012

ALL HALLOW'S EVE


 

Halloween significa "All hallow's eve", palavra que provém do inglês antigo, e que significa "véspera de todos os santos", já que se refere à noite de 31 de outubro, véspera da Festa de Todos os Santos...

Entretanto, um antigo costume anglo-saxão roubou-lhe o seu estrito sentido religioso para celebrar em seu lugar a noite do terror, das bruxas e dos fantasmas. Halloween marca um regresso ao antigo paganismo.

Festa de todos os Santos

Entretanto, para os crentes é a festa de todos os Santos a que verdadeiramente tem relevância e reflecte a fé no futuro para quem espera e vive segundo o Evangelho pregado por Jesus. O respeito aos restos mortais de quem morreu na fé e a sua lembrança, inscreve-se na veneração de quem foi "templos do Espírito Santo".

A festa de Todos os Fiéis Defuntos foi instituída por São Odilon, monge beneditino e quinto Abade de Cluny na França em 31 de outubro do ano 998. Ao cumprir o milenário desta festividade, o Papa João Paulo II recordou que "São Odilon desejou exortar a seus monges a rezar de modo especial pelos defuntos. A partir do Abade de Cluny começou a estender-se o costume de interceder solenemente pelos defuntos, e chegou a converter-se no que São Odilon chamou de Festa dos Mortos, prática ainda hoje em vigor na Igreja universal".

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Oração da manhã




Senhor, no início deste dia, venho pedir-te saúde,
força, paz e sabedoria.
Quero olhar hoje o mundo com olhos cheios de amor,
ser paciente, compreensivo, manso e prudente;
ver, além das aparências, teus filhos como Tu mesmo os vês,
e assim não ver senão o bem em cada um.
Cerra meus ouvidos a toda calúnia.
Guarda minha língua de toda maldade.
Que só de bênçãos se encha meu espírito.
Que eu seja tão bondoso e alegre,
que todos quantos se achegarem a mim,
sintam a tua presença.
Senhor, reveste-me de tua beleza,
e que, no decurso deste dia,
eu te revele a todos.
Amen.

domingo, 28 de outubro de 2012

Prova de amor



«Parece-me que o bom Deus lhe pede
um abandono e confiança sem limites
nas horas dolorosas
em que sente esses terríveis vazios.
Pense que, nessa altura,
Ele está a escavar na sua alma
maiores capacidades para O receber,
quer dizer, de algum modo infinitas como Ele mesmo.

Tente, então, pela vontade,
ficar inteiramente feliz,
mesmo sob a mão que a crucifica;
dir-lhe-ei até que encare cada sofrimento,
cada provação,
como uma “prova de amor”,
que lhe venha directamente da parte do bom Deus,
para se unir a Ele.»


B. Isabel da Trindade, Carta 249

Meu Pai, como é difícil
por um acto de “vontade
ficar inteiramente feliz”,
quando a minha realidade interior ou exterior é dolorosa!
Eu sei,
estou habituado a guiar-me pelo que sinto
e não pela vontade orientada pela razão.
Ajudai-me,
pois este é o único caminho
que me faz exercitar a fé:
iluminado pela razão
e agindo pela vontade,
procurarei, com a Vossa graça,
não ficar no que sinto,
no doloroso ou gozoso da vida,
mas desejo oferecer-Vos tudo
como um “sacrifício de louvor”.

Vê que interessante a quantidade dos nossos antepassados: Pais: 2 Avós: 4 Bisavós: 8 Trisavós: 16 Tetravós: 32 Pentavós: 64 Hexavós: 128 Hep...